sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A COR DA LÁGRIMA
Por que a lágrima não tem cor?
Enquanto chorava, me pus a pensar.
Se fosse vermelha como sangue,

as minhas vestes poderiam manchar.
 
Se a lágrima fosse amarela, a cor da alegria,
expressar tristeza jamais poderia.

 
Se fosse azul,
a cor da serenidade,
eu não choraria jamais.
Seria só tranqüilidade.

Se fosse branca
como pétalas de rosas,
não seriam lágrimas...
Mas pérolas preciosas.
 
Ainda mais uma vez
fiquei me questionando...
Por que a lágrima não tem cor?
Se ela fosse preta,
só expressaria o horror?

Por que será que a lágrima não tem cor?
A lágrima não tem cor...
Porque nem sempre exprime dor.

E se ela fosse roxa, como poderia
expressar a alegria?

As lágrimas não têm cor
porque são expressões da alma.
Quando o espírito está chorando,
o coração diz: tenha calma!

 
Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor do amor.
Ou mesmo a cor da paixão,
que as vezes invade o coração.
 
Ou talvez a cor da tristeza
que abala a alma e tira a calma,
mas faz em meu ser uma limpeza.
A lágrima não tem cor,
porque ela nos aproxima do nosso Criador.
Se a lágrima tivesse cor,
eu só iria chorar de alegria.
 
Mas, e a lágrima da saudade?
De que cor ela seria?
E a lágrima da decepção,
de que cor seria então?

Se a lágrima tivesse cor
deveria ter a cor de um brilhante.
Como a lágrima é preciosa,
Deus deu-lhe a cor do diamante.
(Wayne W. Dyer)

1 comentário:

  1. Minha querida amiga.

    Este texto que aqui publicas é belíssimo!
    Digo que a lágrima não tem cor justamente para refletir toda dor, de toda a gente. E os tons todos das emoções, como bola de sabão.

    Junto a ele um outro, e ficam então dois olhos a poemizar um par de lágrimas:

    Um dia semeaste o nascer do sol na palma
    da minha mão e, sorrindo, disseste-me que o
    tinhas escolhido para me dar por ser o que de
    mais parecido encontraras com o meu sorriso.

    Nesse momento, inventei uma lágrima azul,
    e chorei-a, para ta poder dar...

    Não querias!...
    Pensavas que te entristeceria, mas eu lembrei-te
    que era apenas o que eu possuía de mais parecido com o mar!
    E tu soubeste que era força, magia e amor o que eu queria dar!

    Depositaste, então, essa lágrima nos teus lábios e,
    fundindo nos meus olhos o teu olhar, pediste-me que
    te beijasse suavemente para que a pudesses guardar...

    Desde então, a cada nascer do sol, sabem-te
    os teus lábios a sal... o sal de uma lágrima
    vestida de barco que não sabe naufragar!...

    Cristina Fidalgo, in "Dos meus lábios nasce a noite".


    Um beijo.


    Katyuscia.

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O DESTINO DECIDE QUEM ENTRA NA MINHA VIDA MAS A ATITUDE DECIDE........
QUEM FICA.